terça-feira, 9 de novembro de 2010

O que segue à frente

O livro Tenotã-Mõ é uma resposta de organizações sociais ao projeto para o desenvolvimento da Amazônia. Passados cerca de dezessete anos, a idéia de barrar o rio Xingu, duas vezes derrotadas e que tenta se concretizar mais uma vez. Vinte especialistas escrevem o livro a partir de pontos de vista técnico e político. Portanto, é uma obra de lideranças de entidades, jornalistas e de pesquisadores de várias áreas acadêmicas. Esta é uma ferramenta fundamental para ampliar e aprofundar o debate sobre a proposta de construção do Complexo Hidrelétrico do Xingu.







Bom não consegui postar o tenotã-mõ mais no site do international rivers vocês terão acesso 


 http://www.internationalrivers.org/am%C3%A9rica-latina/tenot%C3%A3-m%C3%B5-conseq%C3%BC%C3%AAncias-dos-projetos-hidrel%C3%A9tricos-no-rio-xingu-57-mb

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mantenha-se informado

Bom a discussão sobre a construção da hidrelétrica é rotineira que suas noticias não são muito citadas na mídia, este link é do site socioambientais e lá tem todas as notícias e informações sobre belo monte vale a pena entrar ler e se filiar ao site....








E logo mais estárei postando o tenotã-mõ!

Arte e Protesto Xingu Vivo Para sempre

O Produtor e Diretor do premiadíssimo filme AVATAR, James Cameron
dialogou com dezenas de militantes pela justiça socioambiental e pelos direitos humanos ameaçados pelo governo e pelos barrageiros de destruir um patrimônio da humanidade sem comprovação de viabilidade econômica ao mesmo tempo que tem comprovada inviabilidade socioambiental pelo AHE Belo Monte.
Segundo ele, todos os países devem ajudar a encontrar soluções socialmente responsáveis para resolver os problemas locais. “Está tudo conectado, estamos todos no mesmo planeta. Os ventos, as correntes marítimas e a atmosfera não respeitam as fronteiras dos países”, argumentou.  
e ele afirma que fará um documentário na Amazônia sobre Belo monte 

As Feridas de Belo Monte


Gerar energia para manter estável a crescente produção brasileira a um
ritmo planejado de 5% a 6% por ano é o pano de fundo que justificaria
a construção de Belo Monte. 

O projeto de construção de Belo Monte é antigo e remete aos primeiros
estudos de viabilidade que ocorreram na década de 1970, ainda durante
o período militar. Os enormes desafios técnicos e, principalmente,
socioambientais de uma obra desta magnitude na região foram
suficientes para que os governos anteriores desistissem dessa
empreitada.
O governo atual, através do seu Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) resgatou este projeto. E martelou tanto a ideia de concretizar
esta obra faraônica, que está conseguindo tirá-la do papel a ponto de
fazer dela um dos principais palanques da “mãe do PAC”.

O que mais incomoda os críticos da obra foi o processo de aprovação. A
toque de caixa e enfiando goela abaixo da população, o governo
preparou o projeto da obra, derrubou as liminares contrárias emitidas
pelo Ministério Público, fez rápidas audiências públicas, calou os
índios, derrubou dois diretores do Ibama e aprovou a obra, tudo isso
casualmente em ano eleitoral.
Cercada de perguntas sem respostas, a obra causou uma situação inédita
na região de Altamira, principal cidade da região onde será construída
a hidrelétrica. Visto como um projeto do PT, os movimentos sociais
regionais, a princípio radicalmente contrários a Belo Monte, demoraram
a se posicionar contra o empreendimento, já que são parte da fundação
do partido e sustentam a legenda regionalmente. Agora, muitos já se
desfiliaram da legenda e, mesmo aqueles que continuam apoiando o
partido, prometem radicais manifestações contrárias à obra.
A mesma reação terá o movimento indígena, que se vê como grande
prejudicado no processo. Além de não terem sido formalmente
consultados no processo de licenciamento, veem o rio como sagrado e
estão bastante preocupados com os impactos ecológicos que suas
comunidades sofrerão com a drástica diminuição da vazão da água.

 Prometem fazer de tudo para brecar a construção.
 Até o dia 23 de fevereiro, centenas deles ocuparam a sede
da Funai em Altamira, que fica dentro do Campus da Universidade
Federal do Pará. Agora, prometem um enorme acampamento no local que
será a base para a construção da usina, reforçados pelos guerreiros do
Parque Indígena do Xingu. O palco para o conflito está armado.

As preocupações são realmente dignas de desespero. O município de
Altamira, que tem população oficial de 96.000 pessoas contando as que
vivem em áreas rurais, sabe que terá boa parte de sua área urbana
alagada pelas obras.
A competente e simpática Secretária Municipal de Meio Ambiente e
Turismo de Altamira, Zelma Luzia da Silva Costa, está, com razão,
bastante preocupada. Vendo os pedidos de licenciamento ambiental de
pequenas obras, que são de responsabilidade desta Secretaria,
aumentarem a um ritmo nunca antes visto, ela recebe constantemente
ligações anônimas de pressão pela agilidade na aprovação, tentativas
de suborno e até ameaças físicas. Por isso está reforçando o sistema
de segurança do prédio onde se encontra Secretaria.
Segundo ela própria, este quadro é agravado pela expectativa de
chegada, somente em Altamira, de 100.000 novas pessoas, normalmente
das regiões pobres do país, atraídas pela possibilidade de riqueza
fácil. Preocupa, pois, que apesar das condicionantes não existe um
plano claro para itens básicos da qualidade de vida na cidade e na
região, como abastecimento de comida, que depende muito da importação
de alimentos de outras regiões do país, aumento de leito nos
hospitais, vagas nas escolas, segurança, transporte, entre outros. Não
há previsão, também, de ordenamento territorial e regularização
fundiária para conter os desmatamentos decorrentes da chegada destas
novas pessoas, que estimularão a grilagem de terras e a especulação
imobiliária, agravada pelo asfaltamento da Transamazônica, que
acompanhará Belo Monte.


Por:
*Ricardo Rettmann é Gestor Ambiental e trabalha como assistente de
pesquisa no Programa de Mudanças Climáticas do IPAM.

Inspire-se

Vamos mostrar nossos rostos, vamos nos mostrar fortes,
Vamos defender a vida, a cultura e as nossas belezas intactas
Vamos defender o xingu livre de uma hidrelétrica, defender nossa bela floresta,
e os índios e ribeirinhos, povos da floresta que serão vitimas de uma grande injustiça !

Rios, matas e espécies de animais. [....]
Beleza e equilíbrio profundo,[....]
O canto da mata encanta,[...]
Quantos sabores[...]
Equilíbrio delicado de vida e beleza[..]
Na união da mata e da água[...] 
Um subsolo que reluz,Ouro, ferro e outros metais,
No calor da terra sem luz.
Fascínio, riqueza sem iguais[...]
índios, ribeirinhos e seringueiros,
Dividem a paisagem exuberante.
Senhora  Amazônia 
      Silvia Trevisani .